Por
Denise Alves
26/02/2015
E disse Jesus: “Agora minha alma
está perturbada, e o que direi? Pai, salva-me desta hora? Não! Eu
vim precisamente com esse propósito e para esta hora.” (João
12.27).
Gosto da expressão: “E para esta
hora”. Isso demonstra que Jesus sabia não apenas com qual
finalidade havia vindo à Terra, mas evidencia o discernimento que
ele possuía sobre o momento de concretização de sua missão.
Anteriormente sua mãe já o tinha
interpelado na festa de casamento em Caná da Galiléia quando o
vinho havia acabado. “Mulher, que tenho eu contigo? Ainda não é
chegada a minha hora.” (João 2.4).
Conseguir discernir o tempo que se
vive é de suma importância seja você cristão ou não. Mas para
nós que acreditamos em um Deus de planos e propósitos, e que
diferente do ditado popular, Ele “Nem tarda, nem falha”, mas
chega no momento exato, precisamos orar como o salmista: “Ensina-nos
ò Deus a contar os nossos dias, de tal maneira que alcancemos
corações sábios” (Salmos 90.12).
Vivemos em um ambiente cada vez mais
urgente, estupidamente imediatista, fazemos parte de uma geração
micro-ondas, tudo pronto em 30 segundos, e entender que “Tudo
tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito
debaixo do céu.” (Eclesiastes 3.1), é um desafio à inquietação.
Provavelmente esse é um daqueles
textos mais direcionados a mim mesma do que a você que me ler, pois
ultimamente sinto a urgência do tempo caindo sobre mim. São as
cobranças pessoais, sociais, profissionais … vezes gritando que as
coisas já deviam ter acontecido e outras que não são para agora.
Em meio a esse turbilhão de vozes,
percebo o Espírito Santo me sussurrando que Ele continua no
controle. “Porque necessitais de paciência, para que, depois de
haverdes feito a vontade de Deus, alcanceis a promessa. Porque ainda
um pouquinho de tempo, E o que há de vir virá, e não tardará”
(Hebreus 10.36-37)
Às vezes é grande a vontade de pedir
ao Pai: passe de mim esse cálice! Mas como Jesus, nos apoiamos no
Domingo de Páscoa para suportar a sexta-feira da Paixão.