segunda-feira, 28 de novembro de 2011

DOMINE SOBRE....

Denise Alves
16-09-2011


O livro de Gênesis é para nós uma espécie de Projeto Original de Construção. Com a definição da planta, estabelecimento dos componentes principais, seus locais de funcionamento, modo de utilização e pessoal responsável pelas tarefas. Os seja, o entendimento de quem somos e para que estamos aqui, recai sempre na análise do Gênesis – o início de todas as coisas. Pelo menos todas as coisas pela ótica de Deus.
Porque em matéria de memória humana, talvez nossas raízes recaiam em um tempo mais próximo, tipo, a data em que alguém gritou para outro: “Isso é meu!”, ou seja, o início da propriedade privada. Início da dominação humana sobre os animais, sobre a plantação, sobre o céu e sobre o mar. Como previu o próprio Deus em Gn 1.26: “Deus disse: Façamos o homem à nossa imagem e segundo a nossa semelhança para que domine ele sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre os animais domésticos e sobre toda a terra e sobre todo réptil que se arrasta sobre a terra.”
Interessante notar que o plano original de Deus não comportava dominação de homem sobre homem. Muito pelo contrário, trazendo de volta o 'sentido completo' do que Deus-Pai tinha em mente quando da criação do humanidade, o próprio Jesus afirma que: “Qualquer entre vós que quiser ser grande, seja esse quem vos sirva” Mt. 20.26.
Como se percebe a relação homem-natureza é uma relação de dominação, subordinação, enquanto que a relação homem-homem, preza-se pela igualdade, equilíbrio e respeito a dignidade do outro por esse outro também filho de Deus.
Ocorre que não é isso que vemos na história da humanidade. Todos os lugares da terra estão contaminados pela mentalidade opressora, exemplos históricos não nos faltam, genocídio, racismo, extermínio das minorias, domínio do homem sobre o homem, em guerras, no mercado financeiro, na política, na igreja.
Sobre a inserção dessa mentalidade no seio da igreja já nos alertava o apóstolo Pedro falando dos falsos profetas em 2 Pe 2.1-3: “Haverá falsos profetas... que movidos por ganância, farão de vós negócio”, em outras traduções 'comércio'. É a expressão clara da coisificação do ser humano, manipulado em favor de outro.
Situação de dominação tão indesejada por Deus que quando da queda da grande Babilônia relatada no livro do Apocalipse, um dos motivos apontados é o comércio de todo tipo de coisa, inclusive 'Almas Humanas' (Ap 18.11-13).
Como a restauração começa dentro da própria casa, e nós seremos os primeiros a sermos julgados, é aqui - onde o Reino de Deus está, 'Entre nós' - que essa mentalidade de dominação homem-homem deve ser extirpada, sendo urgentemente substituída pela cultura do serviço ensinada por Jesus e que retrata o plano original.



quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Anda Comigo

Por Denise Alves

É preciso conhecer bem o instrumento de trabalho, no caso dos advogados, o Vade Mecum, no caso do filhos de Deus, a Bíblia. As semelhanças são gritantes!
Ambas tem por características andar bem junto do seu possuidor: Vade Mecum significa: Anda Comigo. A Bíblia, recomenda: Não te aparte do livro desta Lei.
Tanto um quanto o outro são coletâneas de vários outros textos que sozinhos poderiam ser livros autônomos, mas que precisam dos demais livros para obter um sentido completo do seu conteúdo. Exemplo: O código Civil, precisa da Constituição e de outras legislações extravagantes para melhor compreensão do assunto. Na Bíblia, o velho testamento é fundamental para compreensão do Novo.
Seus livros estão divididos de uma forma estranha: O Vade Mecum, em Artigos, incisos, parágrafos e alíneas. A Bíblia em capítulos e versículos.
Outro ponto em comum é que eles precisam de ajuda para serem lidos. Apesar de escritos em língua oficial – português – existem termos que requerem conhecimentos técnicos para sua melhor compreensão. Não é qualquer um que entende o que seja um Mandado de Injução ou uma cerimônia de circuncisão, não é mesmo!!!
Além disso, o Vade Mecum e a Bíblia não são livros para serem lidos de uma vez só, 'de capa a capa' como dizem. São antes, livros de eterna consulta.
Acredito que um recurso fundamental para os que desejam iniciar a leitura desses livros seja possuir um norte, uma espécie de mapa de, 'por onde começar', já que trata-se de livros enormes e o começo da leitura de forma errada pode comprometer toda disposição para seu término. Então quero lhes sugerir uma possibilidade de plano de leitura da Bíblia.
Começe por Lucas – é o terceiro evangelho e conta a história de Jesus. Sugiro começar por ele por ser um dos evangelhos mais completos e bem organizados cronologicamente, talvez por ter sido o último a ser escrito, tendo como base os textos de Marcos e Mateus. O início da leitura por um dos Evangelhos é fundamental, pois toda a Bíblia tem como foco a presença de Deus na terra, o nascimento de Jesus, o filho de Deus.
Leve o tempo que precisar, mas não se atenha muito aos detalhes nessa primeira leitura, o objetivo aqui é que você tenha um conhecimento amplo da história e de seus personagens.
Teminada a leitura de Lucas, siga para o livro de Atos os Apóstolos, ele fica dois livros a frente do que você acabou de ler. Pode pular o evangelho de João por enquanto, depois você volta a ele.
O livro de Atos é a continuação literal do Evangelho de Lucas, conta o que aconteceu com os discípulos e a história da criação da Igreja com seus principais fundadores e o modo como Deus age na Terra hoje. Pode começar a ler.
Nesse livro você vai encontrar novos personagens, pessoas que são inseridas na narrativa e que são os autores dos livros subsequentes, as Cartas – Epístolas, das quais podemos citar: Romanos, Coríntios, Efésios, Tessalonicenses....
Como você deve ter percebido existem pedaços faltando no Livro de Atos, como: o que foi que Paulo escreveu para as igrejas na sua ausência? Informações que são completadas nos livros posteriores. Quanto a esses não há bem uma regra a ser seguida, mas pelo tema tratado em cada livro sugiro o seguinte: Filipenses, Colossenses, 1 e 2 Tessalonicenses, nessa ordem. Há mais a ser lido, mas por enquanto basta. Após a leitura deles vamos dar um salto. Pule para o Apocalipse.
Não tenha medo. Apesar de relacionarmos o nome Apocalipse com o fim do mundo, não é bem isso que ele significa, seu literal significado é Livro das Revelações. Revelações sobre as últimas coisas. Sobre o que acontecerá no Fim dos Tempos. E esse é um assunto que você precisa saber.
Trata-se de um livro a primeira vista indigesto. Mas o objetivo agora não é conhecer o significado de cada símbolo utilizado pelo escritor. Basta algumas instruções.
Primeiro: nem tudo é literal. Há muito simbolismo, porque as visões de João é a visão de um homem vendo o que Deus – que conhece o fim antes mesmo do início de todas as coisas – está vendo acontecer na terra em um ano indeterminado a nós e muito distante da época em que o livro foi escrito. Devido a essa distância temporal entre a data da escritura do livro e a sua realização na Terra, é que surgem dificuldades para João descrever, um avião, por exemplo. Como será que parece para um homem do Século I, falar sobre um objeto grande pra caramba, pesado que só, e que mesmo assim voa!!!! É um pássaro voador não é? E um celular??? inimaginável para quem tinha que caminhar dias de uma cidade a outra e perguntar de pessoa a pessoa se ele por acaso tinha visto Sicrano.
Por isso é que o livro de Apocalipse é tão misterioso, porque trata de assuntos que possivelmente já começaram a se manifestar na nossa época, com o desenvolvimento da tecnologia necessária, e por isso podemos compreender, mas que podem estar longe de se concluírem, micro-chips na pele ainda não são comuns, aí nessa área só podemos especular.
Dessa forma, leia para ter uma visão geral do que há de vir, mesmo que não possamos determinar exatamente como e quando acontecerá.
Ao terminar Apocalipse, vá até o Velho Testamento – procure no índice o Livro de Daniel. Esse livro é o complemento lógico do Apocalipse, pois agora os mesmo acontecimentos relatados no Apocalipse são descritos na visão de quem está na Terra, e não mais na visão celeste.
Com a leitura de Daniel você descobrirá um povo escolhido por Deus para participar de todos os acontecimentos até agora lidos: Os judeus. Então vamos para o início da Bíblia, para o Livro de Deuteronômio. Nele você vai encontrar um resumo do que aconteceu nos dois livros anteriores: Gênesis e Êxodo e o estabelecimento da Aliança com base na Lei proposta por Deus aos homens e do porquê de Daniel está na Babilônia.
É um livro bem grande que conta muitas histórias e lhe permite compreender muitas coisas. Terminada a sua leitura vamos ao Livro de 1 e 2 Reis. Nesses livros a nação de Israel já está formada e em seu auge político-social. Acontece que muito do que foi estabelecido em Deuteronômio é quebrado pelos judeus e o castigo de Deus está se aproximando. Vamos vê o que o livro de Jeremias diz.
Junto com todas as profecias sobre o fim de Israel como nação independente surge a necessidade de Redenção, de um libertador, de um Messias, enviado por Deus para estar com os homens e quem nos fala sobre isso com maestria é o profeta Isaías, o profeta que mais falou sobre Jesus. Então vamos até o livro de Isaías.
Tudo que foi dito nas profecias de Isaías são cumpridas com o nascimento de Jesus, que ocorre no Novo testamento, no ponto onde começamos!!!, e já que você já leu Lucas, pode recomeçar por Mateus, verificando que tudo ocorreu conforme foi dito pelo profeta, passando pelas demais, cartas, livros históricos e proféticos e sempre voltando ao Apocalipse, porque é lá que tudo vai terminar.
Espero que esse guia lhe auxilie na compreensão geral do Plano de Deus que ficou escondido desde a fundação do mundo e que nos últimos dias foi-nos revelado através de escritos feitos pelos seus servos e posteriormente agrupados em um único volume chamado por nós de Bíblia. Esse plano tem um único objetivo: Salvar o homem do inferno através de Jesus, nosso único salvador.
É uma longa viagem. Mas vale a pena começar. Então mãos a obra.
Ah! e aqui cabe uma diferenciação entre o Vade Mecum e a Bíblia, enquanto que as lei contidas no Vade Mecum mudam o tempo todo, o conteúdo Bíblico jamais muda. Você pode obter um exemplar e lê-lo pelos próximos 2000 anos, que estará sempre atualizado das novidades do céu!

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

NÃO SEI QUEM É JOSÉ....

 


“E se levantou um outro Faraó, que não conhecia José” (At. 7.18)
Denise Alves
30/09/2011


José é um dos personagens bíblicos atualmente mais conhecidos por cristãos e não-cristãos. Entretanto em At 7.18, é-nos informado que o novo Faraó não fazia ideia de quem era José.
Não sabia que José foi aquele que tinha interpretado o sonho do Rei quando ninguém mais o pôde fazer (Gn. 41.39); foi ele quem administrou todo o Egito em um período de seca extrema e impediu que a nação sofresse (Gn 41.56-57). Por causa de sua eficiência comprou toda a terra do Egito para propriedade particular de Faraó (Gn 47.20). Esse novo Faraó não sabia que José era um homem de um caráter exemplar, pois depois de toda dor que sofreu por causa dos seus irmãos, os perdoou e os alimentou no Egito (Gn 47.12 e Gn 50.21), e por causa da atitude humilde de José as 75 almas que ali entraram (At 7.14), puderam se tornaram uma grande multidão, formando o grande povo de Israel e suas 12 tribos, prontas para conquistar a terra de Canaã.
O novo Faraó não sabia nada disso.
E essa não é uma história isolada. As nossas obras, nossos feitos sobre a terra, passam indubitavelmente pelo teste do tempo. O profeta Isaías nos compara com a erva( Is 40.6-7), nossa permanência na cronologia histórica é muito efêmera, logo 'secamos', morremos e com isso nossa glória, 'flor' é esquecida. Salomão trata desse assunto em Eclesiastes 1.11 – “Já não há lembranças das gerações passadas, nem das gerações futuras haverá lembrança entre os que virão depois delas”.
A memoria humana falha, deixa passar grandes e pequenos acontecimentos, não sabemos mais o nome do nosso melhor amigo do pré-primário, nos esquecemos da fisionomia do primeiro namorado, nem sabemos mais quem foi o primeiro chefe....
Mas em meio a todo esse esquecimento há um que jamais nos esquece. O Senhor Jesus: Mas Sião diz: 'O Senhor me desamparou, o Senhor se esqueceu de mim. Pode uma mulher esquecer-se de seu filho de peito, de maneira que não se compadeça do seu ventre? Mas ainda que esta se esquecesse, eu todavia, não me esquecerei de ti. Eis que nas palmas das minhas mãos te gravei' (Is. 49-14-16)
Esse é o Deus que não esquece de você. Esse é o Deus que quando alguém menciona o seu nome ele sabe exatamente de quem se está falando, não te confunde com ninguém, não pergunta 'quem é você mesmo?'. Pode ser que sua vizinhança não saiba quem você é. Deus sabe. Pode ser que no seu emprego as pessoas não lembrem de você. Deus lembra. Mesmo que na sua família não prestem a devida atenção a você. Deus presta. Porque ele não pode esquecer de você. E ele não pode fazer isso porque Ele está com você SEMPRE. “Eis que estou convosco todos os dias” (Mt 28.20)
José percebeu isso quando estava na casa de Faraó. “Mas o Senhor era com José, e ele se tornou próspero” (Gn 39.2). Daniel percebeu isso na cova dos Leões e junto com os três amigos na fornalha de fogo. Davi desfrutou do cuidado de Deus ao fugir de Saul. Jesus o sentiu perto no Getsêmani. Todos haviam se esquecido deles. Menos Deus.
Então não esqueça: Deus sabe quem _________ é.



terça-feira, 28 de junho de 2011

QUE MANEJA BEM A PALAVRA DE DEUS


Se existem pessoas que são a favor do desenvolvimento tecnológico uma dessas pessoas sou eu. E mais do que o seu desenvolvimento, defendo principalmente a sua aplicação nos mais variados setores da sociedade como forma de integração, socialização, produção e difusão de conhecimento, por serem sem dúvida, instrumentos de ensino e aprendizagem poderosíssimos.
Entretanto tenho uma ressalva a fazer com relação a sua utilização no meio da igreja. Mais especificamente durante a liturgia. É verdade que as Bíblias eletrônicas são excelentes ferramentas no estudo da Palavra, com o grande complexo de funções que agregam como mapas, enciclopédias, dicionários, textos em várias versões bíblias, etc.  Repito para o estudo.
E estudo esse a ser desenvolvido em ambiente ou oportunidade a ele especificada. A utilização das bíblias eletrônicas ou o copiar-colar de passagens bíblicas transmitidas em datashow durante o culto em substituição ao manuseio pessoal da Bíblia impressa não me parece ser uma escolha das mais eficientes.
Já ouvi dizer que essa prática tem por finalidade a unificação das versões bíblicas utilizadas pelos membros, o que acaba dificultando o acompanhamento da leitura do texto no templo, ou que a projeção do texto se deve ao fato dos visitantes que não possuem bíblias acabarem se sentindo excluídos da participação litúrgica.
As boas intenções são válidas, mas não são as únicas soluções para os problemas apresentados – se tem versões diferentes pede para que acompanhem ouvindo a leitura feita por uma versão escolhida e se os visitantes não tem bíblia, algum membro chega junto e lê com ele – além de terem alguns efeitos colaterais.
O que percebo em reuniões onde as pessoas sabem que todos os textos utilizados desde a abertura do culto até a ministração da palavra, serão projetados no datashow é que elas não trazem mais suas Bíblias para o culto, se é que as possuem! Ficando totalmente dependente das porções ali disponibilizadas, o que enfraquece a compreensão mais abrangente do tema, impede que os textos sejam marcados para posterior verificação em casa e, na minha opinião o pior, não desenvolve intimidade com o manuseio da própria Bíblia – não sabe se determinado livro fica no novo ou no velho testamento!
Essas são questões primárias para o crescimento do crente. Se a igreja não incentiva, ou indiretamente, desestimula o estudo da própria Bíblia, como ela espera ter crentes maduros e fortalecidos na palavra? Se esses crentes não sabem nem sequer manuseá-la! Paulo incentiva seu discípulo e amigo Timóteo a ser um exímio conhecedor das escrituras (2 Timóteo 2:15), habilidade essa que começa com passos básicos, como a simples localização dos livros.
Saber separar a hora e a oportunidade para utilização das tecnologias é o que faz a diferença entre um recurso somente eficiente, funcional e um recurso eficaz, que alcança o objetivo proposto.  Lembrando sempre que nem toda mudança é sinal de progresso, pois existem alguns marcos que nunca devem ser mudados de lugar. A Bíblia é um deles.



terça-feira, 21 de junho de 2011

PEREGRINOS E FORASTEIROS


Você não sairia colocando quadros nas paredes de um ônibus mesmo que a viagem possa durar alguns dias não é? Porque? Por que esse não é o seu lar.
Gosto dessa colocação de Max Lucado em seu livro “Aliviando a Bagagem”, ela demonstra a sensação persistente que temos de que ainda não estamos em casa, de que por mais tempo que já estejamos por aqui, esse não é o final, estamos apenas no trajeto.
A Bíblia fala que Abraão andou como estrangeiro na Terra. Estrangeiro é aquele que não está em sua terra de origem, podendo o termo ser aplicado tanto à nacionalidade terrena, quanto a nossa filiação celeste.
Na verdade a posição de Abraão é uma das principais recomendações que Deus nos faz o tempo inteiro: Lembre-se você é peregrino, um forasteiro, você não é daqui.
Por esse motivo não podemos nos apegar tanto às coisas, porque elas mais cedo ou mais tarde vão se nos deixar, seja pela ação natural do tempo, seja por que nós mesmos vamos partir.  Assim, a forma mais centrada de vivermos nossa jornada aqui na Terra é expressa por Paulo: Como pobres, mas enriquecendo a muitos; como nada tendo, e possuindo tudo (2 Co 6.10).
Caminhamos temporariamente como estrangeiros em terra alheia, sem bens, sem propriedade de fato, mas a verdade é que somos os verdadeiros donos, somos os detentores da promessa, herdeiros por direito, possuímos tudo. Não agora.
E enquanto caminhamos, o fazemos com humildade, ao invés de exigir, nós damos. Para o mundo somos os desprovidos, os necessitados, os que nada têm em concreto, quando na verdade somos os únicos que podem realmente oferecer a verdadeira riqueza, aquela que não perece, que não se deteriora, que não é roubada, a vida eterna.
Mas caminhamos disfarçados entre os homens, estrangeiros sim, mas possuindo tudo. Herdeiros.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Quem creu em nossa pregação?


Denise Alves

Estou chegando a uma conclusão: Nós não precisamos ouvir mais pregações.  Deixe-me explicar. Se você já tem uns 10 anos de 'crente', como dizem, você já ouviu um grande quantidade de pregações. Senão, façamos um pequeno cálculo: um mês possui em média 4 semanas, se você vai à igreja apenas uma vez por semana e duas vezes no domingo, o que inclui a EBD e o culto noturno, contamos com 3 pregações por semana. 12 por mês. 144 por ano. E nos seus últimos 10 anos, são 1.440 pregações. Sem contar as que ouvimos no rádio, nos encontros de finais de semana, retiros, programação festiva e outras ocasiões nas quais mantemos contato com a ministração da Palavra de Deus. Ou seja, de pregações temos uma grande cota.
A pergunta que fica é: Em quantas cremos? Não que tenhamos que acreditar em tudo que nos é ministrado, mesmo porque a própria Bíblia diz que devemos 'provar o espírito dos profetas'(1 Jo 4.1-2), 'verificar para vê se assim é' (At 17.11) , como os crentes de Beréia. O que estou falando é sobre pregações bíblicas, firmadas na Palavra, 'de Deus mesmo!'. Em quantas cremos?
A primeira resposta que possivelmente nos vem a mente é: Em todas! Talvez eu precise modificar um pouco a pergunta para me fazer compreender: Quantas pregações você colocou em prática? Sabe aquela que falava sobre perdão? Você já perdoou quem te vem a mente? E aquela sobre a Grande Comissão? Para quantas pessoas você já falou sobre a volta de Jesus essa semana?
Isso porque crer é mais do que declarar, mais do que um simples dizer que tem fé, implica tomar uma atitude. Nós entendemos isso tão bem no nosso dia-dia. Sabe essa cadeira na qual você está sentado agora? Antes de sentar nela pela primeira vez, você só o fez porque acreditou, creu, confiou que ela aguentaria o seu peso e não lhe deixaria cair. Se não cresse, não sentaria não é mesmo?
Assim, utilizando a mesma lógica, por qual o motivo continuamos correndo desesperadamente atrás de um político quando na noite anterior ouvimos Deus dizer Ele é o nosso socorro? Por que mesmo com Deus gritando que ele já levou sobre si todas as nossas enfermidades, tememos que a cura não venha? A resposta sincera deve ser: porque não cremos.
Em uma letra da música, Fernandinho, faz uma interessante declaração:

Sei que estás comigo Senhor, também sei que nada acontece, sem a tua vontade
Mas preciso aprender a confiar em ti,
Preciso aprender a descansar em ti.

Porque há uma distância muito grande entre saber e crer. Sabemos muitas coisas sobre Deus, sobre quem Ele é, e sobre o que Ele faz. Mas cremos em poucas delas, porque descansamos pouco. A pergunta do profeta continua hoje tão atual quanto quando proferida. (Is 53.11) Quem crer na pregação? Quem descansa na pregação? Quem confia que acontecerá o que é dito por Deus através da pregação?
Que o tema da próxima ministração seja sobre a necessidade de se confiar mais na palavra ministrada. Mas quem vai crer?




domingo, 15 de maio de 2011

EITA!!!

Nem me lembrava que tinha criado esse blog!!! Faz tempo hein... 2007!!!! vamos vê se agora me empolgo por escrever mais.....
Vamos vê!!!!