sexta-feira, 3 de junho de 2011

Quem creu em nossa pregação?


Denise Alves

Estou chegando a uma conclusão: Nós não precisamos ouvir mais pregações.  Deixe-me explicar. Se você já tem uns 10 anos de 'crente', como dizem, você já ouviu um grande quantidade de pregações. Senão, façamos um pequeno cálculo: um mês possui em média 4 semanas, se você vai à igreja apenas uma vez por semana e duas vezes no domingo, o que inclui a EBD e o culto noturno, contamos com 3 pregações por semana. 12 por mês. 144 por ano. E nos seus últimos 10 anos, são 1.440 pregações. Sem contar as que ouvimos no rádio, nos encontros de finais de semana, retiros, programação festiva e outras ocasiões nas quais mantemos contato com a ministração da Palavra de Deus. Ou seja, de pregações temos uma grande cota.
A pergunta que fica é: Em quantas cremos? Não que tenhamos que acreditar em tudo que nos é ministrado, mesmo porque a própria Bíblia diz que devemos 'provar o espírito dos profetas'(1 Jo 4.1-2), 'verificar para vê se assim é' (At 17.11) , como os crentes de Beréia. O que estou falando é sobre pregações bíblicas, firmadas na Palavra, 'de Deus mesmo!'. Em quantas cremos?
A primeira resposta que possivelmente nos vem a mente é: Em todas! Talvez eu precise modificar um pouco a pergunta para me fazer compreender: Quantas pregações você colocou em prática? Sabe aquela que falava sobre perdão? Você já perdoou quem te vem a mente? E aquela sobre a Grande Comissão? Para quantas pessoas você já falou sobre a volta de Jesus essa semana?
Isso porque crer é mais do que declarar, mais do que um simples dizer que tem fé, implica tomar uma atitude. Nós entendemos isso tão bem no nosso dia-dia. Sabe essa cadeira na qual você está sentado agora? Antes de sentar nela pela primeira vez, você só o fez porque acreditou, creu, confiou que ela aguentaria o seu peso e não lhe deixaria cair. Se não cresse, não sentaria não é mesmo?
Assim, utilizando a mesma lógica, por qual o motivo continuamos correndo desesperadamente atrás de um político quando na noite anterior ouvimos Deus dizer Ele é o nosso socorro? Por que mesmo com Deus gritando que ele já levou sobre si todas as nossas enfermidades, tememos que a cura não venha? A resposta sincera deve ser: porque não cremos.
Em uma letra da música, Fernandinho, faz uma interessante declaração:

Sei que estás comigo Senhor, também sei que nada acontece, sem a tua vontade
Mas preciso aprender a confiar em ti,
Preciso aprender a descansar em ti.

Porque há uma distância muito grande entre saber e crer. Sabemos muitas coisas sobre Deus, sobre quem Ele é, e sobre o que Ele faz. Mas cremos em poucas delas, porque descansamos pouco. A pergunta do profeta continua hoje tão atual quanto quando proferida. (Is 53.11) Quem crer na pregação? Quem descansa na pregação? Quem confia que acontecerá o que é dito por Deus através da pregação?
Que o tema da próxima ministração seja sobre a necessidade de se confiar mais na palavra ministrada. Mas quem vai crer?




Nenhum comentário: