terça-feira, 21 de junho de 2011

PEREGRINOS E FORASTEIROS


Você não sairia colocando quadros nas paredes de um ônibus mesmo que a viagem possa durar alguns dias não é? Porque? Por que esse não é o seu lar.
Gosto dessa colocação de Max Lucado em seu livro “Aliviando a Bagagem”, ela demonstra a sensação persistente que temos de que ainda não estamos em casa, de que por mais tempo que já estejamos por aqui, esse não é o final, estamos apenas no trajeto.
A Bíblia fala que Abraão andou como estrangeiro na Terra. Estrangeiro é aquele que não está em sua terra de origem, podendo o termo ser aplicado tanto à nacionalidade terrena, quanto a nossa filiação celeste.
Na verdade a posição de Abraão é uma das principais recomendações que Deus nos faz o tempo inteiro: Lembre-se você é peregrino, um forasteiro, você não é daqui.
Por esse motivo não podemos nos apegar tanto às coisas, porque elas mais cedo ou mais tarde vão se nos deixar, seja pela ação natural do tempo, seja por que nós mesmos vamos partir.  Assim, a forma mais centrada de vivermos nossa jornada aqui na Terra é expressa por Paulo: Como pobres, mas enriquecendo a muitos; como nada tendo, e possuindo tudo (2 Co 6.10).
Caminhamos temporariamente como estrangeiros em terra alheia, sem bens, sem propriedade de fato, mas a verdade é que somos os verdadeiros donos, somos os detentores da promessa, herdeiros por direito, possuímos tudo. Não agora.
E enquanto caminhamos, o fazemos com humildade, ao invés de exigir, nós damos. Para o mundo somos os desprovidos, os necessitados, os que nada têm em concreto, quando na verdade somos os únicos que podem realmente oferecer a verdadeira riqueza, aquela que não perece, que não se deteriora, que não é roubada, a vida eterna.
Mas caminhamos disfarçados entre os homens, estrangeiros sim, mas possuindo tudo. Herdeiros.

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